segunda-feira, 14 de abril de 2014

EXISTEM DIFERENÇAS ENTRE A SURDOCEGUEIRA E A DMU?


Aspectos Importantes para saber sobre Surdocegueira e DMU.

CONCEITOS:


A surdocegueira é uma deficiência única em que o individuo apresenta ao mesmo tempo perda da visão e da audição. É considerado surdocego a pessoa que apresenta essas duas limitações independente do grau das perdas auditiva e visual. A surdocegueira pode ser congênita ou adquirida. Elas estão divididas em quatro categorias: Pessoas que eram cegas e se tornaram surdas, que eram surdos e se tornaram cegos, pessoas que se tornaram surdocegos, ou se tornaram surdocegos antes de terem aprendido alguma linguagem.

A Surdocegueira divide-se em congênita e adquirida:


Surdocegueira congênita: quando a criança nasce surdocega ou adquire a surdocegueira nos primeiros anos de vida antes da aquisição de uma língua (português ou Libras – Língua Brasileira de Sinais). Um exemplo mais freqüente destes casos é a criança com seqüelas da síndrome da rubéola congênita.

Surdocegueira adquirida: quando a pessoa ficou surdocega após a aquisição de uma língua, seja oral ou sinalizada. Os exemplos mais freqüentes deste grupo são pessoas com Síndrome de Usher.



Conceito de Deficiência Múltipla


No Brasil a deficiência múltipla é considerada como uma associação de duas deficiências ou mais. Na América Latina, América do Norte, Europa, Asia e Oceania a Deficiência Múltipla só é considerada se há nas associações das Deficiências a Deficiência Intelectual.

Como pode ocorrer a Deficiência Múltipla no Brasil


Física e Psíquica
·         Deficiência física associada a Deficiência Intelectual
·         Deficiência Física associada a Transtornos Globais do Desenvolvimento.

Sensorial e Psíquica
·         Deficiência Auditiva/Surdez associada à Deficiência Intelectual
·         Deficiência Visual associada à Deficiência Intelectual
·         Deficiência Auditiva/Surdez associada a Transtornos Globais do Desenvolvimento
·         Deficiência Visual associada a Transtornos   Globais do desenvolvimento.

Sensorial e Física
·         Deficiência Auditiva/Surdez associada à Deficiência Física
·         Deficiência Auditiva/Surdez associada à Paralisia Cerebral
·         Deficiência Visual (cegueira ou baixa visão) associada à Deficiência Física
·         Deficiência Visual ( cegueira ou baixa visão) associada à Paralisia Cerebral


Física, Psíquica e Sensorial
·         Deficiência física associada à deficiência visual (cegueira ou baixa visão) e a Deficiência Intelectual.
·         Deficiência física associada à Deficiência Auditiva/Surdez e a Deficiência Intelectual
·         Deficiência visual (Cegueira e ou baixa visão), paralisia cerebral e Deficiência Intelectual

Por que a Surdocegueira não é uma Deficiência Múltipla


A pessoa que nasce com surdocegueira ou que fica surdocega não recebe as informações sobre o que está sua volta de maneira fidedigna, ela precisa da mediação de comunicação para poder receber, interpretar e conhecer o que lhe cerca.
Seu conhecimento do mundo se faz pelo uso dos canais sensoriais proximais como: tato, olfato, paladar, cinestésico, proprioceptivo e vestibular.
Na deficiência Múltipla não garantimos que todas as informações muitas vezes chegam para a pessoa de forma fidedigna, mas ela sempre terá o apoio de um dos canais distantes (visão e ou audição) como ponto de referência, esses dois canais são responsáveis pela maioria do conhecimento que vamos adquirindo ao longo da vida.

Aspectos Importantes sobre Comunicação com pessoas com Surdocegueira e com Deficiência Múltipla


Para as pessoas com surdocegueira e ou com deficiência múltipla dividimos a comunicação em Receptiva e Expressiva, para favorecer a eficiência da transmissão e interpretação.
A comunicação receptiva ocorre quando alguém recebe e processa a informação dada por meio de uma fonte e forma (escrita, fala, Libras e etc). A informação pode ser recebida por meio de uma pessoa, radio ou TV, objetos, figuras, ou por uma variedade de outras fontes e formas. No entanto, comunicação receptiva requer que a pessoa que está recebendo a informação forme uma interpretação que seja equivalente com a mensagem de quem enviou tentou passar.


A comunicação expressiva requer que um comunicador (pessoa que comunica) passe a informação para outra pessoa. Comunicação expressiva pode ser realizada por meio do uso de objetos, gestos, movimentos corporais, fala, escrita, figuras, e muitas outras variações.